19.4.07

Engenheiro na propaganda

Essa é minha convicção. Quem vai desempenhar um papel fundamental na publicidade do futuro não serão os criativos, os planejadores, nem o pessoal de mídia, vão ser os engenheiros. Eu dizia isso como chiste, pensando principalmente na necessidade das agências de comunicação passarem a pensar no produto em si, ajudando a desenvolver tanto a forma quanto a função do que pretende ser vendido, pois o objeto na vitrine também deve comunicar algo sem depender unicamente de um conceito genial veiculado num anúncio ou num comercial de TV. Também pensava nisso quando observava os inúmeros recursos tecnológicos que permitiam uma interação maior e mais efetiva dos consumidores com a marca. Basta ir a qualquer feira de ciência ou exposição multimídia pra perceber o potencial de uma série de traquitanas capazes de atrair e interagir com o público. A web e suas ferramentas é uma dessas traquitanas que a gente nem se dá conta mais, mas é ao mesmo tempo produto e mídia, canal de venda e de comunicação. Essa semana, o CCSP informou que a consultoria Accenture apresentou uma análise em que aponta o Google como substituto das agência tradicionais na comercialização de mídia. Com suas ferramentas de busca baseadas em palavras-chaves e, agora, com a aquisição da DoubleClick, o cliente passa a mensurar os resultados e só paga de acordo com o desempenho da campanha online. Engenheiros como Larry Page e Sergey Brin estão aí para dar mais precisão ao negócio da propaganda (isso é tudo o que o anunciante quer) e podem também ajudar a agregar mais valor ao produto e dar mais relevância e impacto na comunicação com o consumidor.

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