29.11.07

Será que pega?

Surge mais um proposta que promete mudar os rumos das coisas na publicidade. No mínimo deve provocar alguma discussão. A exemplo da OpenAd, citado alguns posts antes, a Bootb é um serviço que as agências e criativos do mundo podem usar pra realizar seus jobs. A proposta é a mesma. Os clientes colocam seu job no site, com um briefing, e publicitários (ou não) enviam suas idéias no prazo determinado. A iniciativa é de gente de marketing de grandes anunciantes. Atualmente há jobs da Lego e Peugeot, por exemplo. No site do Clube de Criação a notícia tem gerado uma boa polêmica. Um dos comentários cita um exemplo brasileiro que segue na mesma linha. Veja aqui.

27.11.07

Real advertising 2

Completando o post abaixo, talvez muitos só conheçam o lado mais "publicitário" da campanha de Dove. Segue aqui o link da versão nacional do site sobre a Real Beleza, com uma pesquisa completa que mostra dados sobre auto-estima de mulheres em dezenas de países. Segundo essa pesquisa, 2/3 das mulheres (adolescentes e adultas) deixam de fazer algum tipo de atividade por vergonha do corpo. Outros números interessantes podem ser vistos por lá, dando embasamento aos conceitos promovidos pela marca para pôr fim aos estereótipos. Bom lembrar também que há uma parcela de culpa dos pais e outros adultos nessa pressão toda sobre os idéias de beleza. A Dove tem outros filmes sobre isso, mais documentais, e um programa com uma série de eventos, workshops e ações para ajudar a promover a auto-estima de crianças e jovens e ajudar na orientação dos seus pais. É interessante como a publicidade está sempre na berlinda, mesmo quando sua estratégia de marketing pode ser usada para ajudar as pessoas de alguma forma.

Real advertising

Alguns posts atrás falamos do filme de Dove que circula na rede, o "Onslaught". Esta semana, a AdAge publica reportagem sobre as críticas que o filme vem recebendo por alertar os pais sobre os padrões estéticos que a mídia impõe. O problemas apontado não é com os valores da Dove e sim com a postura da Unilever, a fabricante do produto. Os comentários negativos em jornais, revistas e blogs questionam a empresa que ataca o culto à beleza para divulgar um produto, mas ao mesmo tempo exalta a sensualidade em outros, como no caso do Axe. Estrategicamente, nada errado. A empresa lida com produtos diferentes para públicos distintos. O conceito de Dove destina-se a um público que valoriza os princípios da sua campanha. O de Axe busca outro foco. Marketing apenas. As críticas são inclusive bem-vindas pois, como diz o pessoal da Unilever, elas permitem o diálogo. Quem sabe, não ajuda as empresas a reverem sua postura. A acusação de hipocrisia que alguns fazem não leva em conta que apensar de pertencer a um mesmo grupo, cada produto é administrado por equipes diferentes que em geral nem se conhecem. A diretoria de marketing de um é diferente da diretoria do outro. E cada um tem sua própria estratégia cujo principal objetivo é vender. E como diz um dos críticos, o papel da empresa não é vender valores e sim produtos. Esse comentário pode ser questionado, mas se é assim isso só dá legitimidade ao posicionamento da Unilever, apesar de não ter sido essa a intenção de quem criticou. Se a marca está colocando no ar uma campanha que detona alguns valores que ela própria dissemina, é corajoso. Quando ela faz isso está dando a cara pra bater (como está acontecendo), pois seu marketing viral no YouTube permite que pessoas adorem a marca e outras denunciem suas práticas num mesmo espaço. Isso ajuda a empresa a equilibrar inclusive seu discurso. É saudável. Coisas dos novos tempos. Fazer um mea culpa vez por outra é sempre bom. Mas não é de hoje que algumas marcas fazem ressalva quanto aos malefícios de suas mensagens e daquilo que produzem, numa atitude responsável e (não sejamos cínicos) também como forma de ganhar a simpatia de consumidores. É bom quando o policiamento vem de todos os lado. Inclusive, da própria empresa.

O que é naming right

Um dos recursos atuais para promover uma marca em espaços que não são necessariamente publicitários é o tal do naming right. Nada mais é do que a adoção do nome de um local ou evento. Espaço Unibanco, Credicard Hall e Tim Festival são alguns exemplos. Mas a prática não é tão nova. O nome talvez. Ou não podemos dizer que o mais famoso jornal eletrônico do país, o Jornal Nacional dos anos 60, era uma peça de marketing da Esso? Funcionou no rádio e na TV. Veja aqui e ouça aqui.

26.11.07

Agência virtual

Você é um cliente nos EUA, digamos que a Gillette. Precisa de um trabalho, do tipo um anúncio ou uma logomarca em 24 horas. O que você faz? Liga pra sua agência e pede ou manda uma mensagem pro OpenAd? A Gillette optou pela segunda. A agência é virtual, formada por mais de 9 mil criativos espalhados (cadastrados) pelo mundo. O cliente passa o briefing, o pessoal da OpenAd dispara o pedido e em pouco tempo ele recebe várias opções dos mais diversos profissionais. O escolhido recebe pela criação. Outros podem produzir a peça. Na verdade, a OpenAd funciona como uma central de ativação, que representa milhares de criativos para executar um job. É o fim das agências de propaganda? Se elas pensam que o seu trabalho é apenas criar um anúncio ou um comercial, talvez seja uma ameça. Dizem que o departamento de grandes anunciantes já utilizaram o expediente. Como dizia um antigo comercial da Fiat, está na hora de você rever os seus conceitos. Detalhes do processo e das campanhas neste e neste link da Meio&Mensagem.

Nem parece banco

O Unibanco que perdoe, mas seu slogan cabe mais no Denmark's Jyske Bank. Parece mais uma loja do Starbucks do que mesmo uma agência. Sim, tem cafeteria, revistas, sofás. O atendimento é diferenciado. Não parece banco mesmo. É um case que vem ganhando destaque na mídia de negócios e economia pelo seu sucesso junto ao público na Dinamarca. Veja aqui uma reportagem em vídeo na AdAge.

Se chove lá fora

Não seria muito útil um guada-chuva que avisasse quando precisa ser levado e ainda indicasse o nível de chuva que vai enfrentar? Pois saibam que ele já existe. Notícia do Think Geek.

25.11.07

Link 012

Site do mp3 player da Microsoft criado pela Firstborn.

23.11.07

Restaurante Inusitado

Ao sair do banheiro lave bem as mãos. Antes de comer também. E nunca coma no banheiro. Certo? Talvez.
No restaurante Modern Toilete, em Tóquio, as coisas parecem ser diferentes. Os acentos são privadas, as mesas, banheiras com um tampo de vidro. E as sobremesas... bom, é melhor ver com os próprios olhos, aqui no link.

21.11.07

A casa é sua

O conteúdo feito pelo consumidor. Isso já não é novidade. Mas até onde isso é possível? Aliás, o conceito de conteúdo é tão vasto que não parece ter limites para a customização. E quando isso ultrapassa as barreiras do universo digital, onde o conceito foi popularizado? Pois bem, conteúdo é também o que você coloca dentro de uma casa, certo? Isso inclui não só móveis mas também as paredes. Então conheça o mais novo lançamento imobiliário do país. Novo em todos os sentidos. A idéia de Arquitetura Aberta chega ao Brasil através do Max Haus. Um formato diferenciado de apartamento onde o proprietário monta do seu jeito. Você recebe o ap apenas com cozinha, banheiro e 70 metros quadrados. O resto é com você. Coloque paredes e transforme os cômodos ou crie alguns. Ou nenhum. Você pode manter tudo como um loft. Entre no site pra entender. É bem feito e você pode montar o seu próprio modelo virtual, interagir com uma comunidade e ver alguns projetos profissionais. O Max Haus chega com unidades espalhadas por São Paulo. Aproveitando a deixa, conheça também o site da DK, que publica guias de viagem. Lá você também pode escolher a cidade, selecionar algumas dicas e editar num guia pessoal que pode ser baixado ou comprado online. Mais uma vez, quem manda é você.

17.11.07

Inovação de A a Z

Bom, "z"é força de expressão. Na verdade, a AdAge colocou no ar uma lista de 50 produtos inovadores e os visionários que deram origem a eles. Desde produtos como Activia (letra A), passando pelas Havaianas e iPhone (claro), até o Yahoo!Answer (acaba no Y, pra ser preciso). Vale a pena conferir. Os comentários são curtos. Leia aqui.

14.11.07

Renovando o produto

Há alguns meses a Expand mudou seu posicionamento. Era vista como conservadora, careta, tradicional demais. Aliás, como são os vinhos sob a perspectiva clássica de um purista. Pra atingir o público mais jovem eles mudaram o logo (mais itálico), mudaram as lojas (mais amigável, com vídeos explicativos e música) e mudaram o conceito ("o melhor vinho é aquele que você gosta"). Pra uma loja que se chama Expand, expandir seu público é essencial. Esse foi o mote das mudanças. Até onde essa revitalização consegue chegar é outro aspecto. Dá pra mudar também os vinhos? Mudar o perfil de um produto não significa necessariamente que você precisa mudar o produto. Ou seja, porque não levar também alguns desses elementos para o que é vendido nas prateleiras? Você não precisa saber fazer o vinho mas pode mudar o rótulo, o que é um bom começo. A empresa Amazing Foods Wine Company lançou um vinho que promete agradar muita gente que gosta mas não "entende". O Wine That Loves é uma seleção que vem numa garrafa estilosa e com rótulos amigáveis, digamos, descolados. Cada rótulo já é uma dica de harmonização, com peixe, carne, pizza. Um vinho que já nasce com um conceito, um potencial de atrair público e é o próprio pdv. Não precisa deizer muito pra anunciar um produto assim. Uma dica do Radar 55.

13.11.07

Garota dos sonhos

O cara viu a garota no Metrô. Fez um site para tentar localizá-la e acabou achando. Hoje são os queridinhos da mídia. Não é pra cortar o barato de ninguém, mas não cheira algum marketing de emboscada ou qualquer coisa com nome parecido? Acompanhe a história pelo Blue Bus aqui, aqui, aqui e aqui. Até o site dele é bacaninha.

6.11.07

Faça você mesmo

Quando o produto ganha adeptos ou a marca ganha fanáticos o trabalho de divulgação fica mais fácil. Eles se encarregam disso promovendo o boca-a-boca ou mesmo produzindo a propaganda de fato. Não é de hoje que a Apple estimula que seus usuários produzam peça publicitárias independentes. Dessa vez, o resultado virou comercial de verdade. Um fã da marca criou um comercial, colocou no YouTube e o pessoal da Apple viu, gostou e mandou que a agência deles, a TBWA, produzisse a peça com alguns ajustes. Tudo com a participação do autor. Veja aqui o original e aqui a versão com alterações mínimas. A música é da banda brasileira Cansei de Ser Sexy. Notícia do Terra.

Pra que designer?

Você precisa de alguém pra programar seu site? O pessoal da Agency Fusion arranjou um jeito de divulgar seus serviços nessa área criando este hotsite que promete resolver todos os seus problemas, no melhor estilo Organizações Tabajara. Quem trabalha com design já sofreu com os comentários de clientes pedindo pra aumentar o logo num anúncio ou trocar a cor de um site. Mas dessa vez quem diz como quer o site é o designer. Você manda os layouts e as características e negocia o preço. Eles fazem a programação. O conceito do hotsite lembra um antigo vídeo satirizando a Microsoft numa simulação de como seria a embalagem do iPod se esse fosse um produto da empresa. Veja também aqui.

4.11.07

Geek Marketers

Quando você junta um marketeiro e um especialista em tecnologia numa mesma pessoa ela se torna um geek marketer, como mostra o blog do Felipe Serrão nesse link sobre um artigo da AdAge. A nova função é um filão futuro que tenta unir as ferramentas de merketing com as inovações tecnológicas. Não parece ser tão longe da realidade atual. Aliás, comentário perto desse tema foi tratado nesses dois links aqui.

3.11.07

Coisas legais

A Signs Of The Time, uma das pioneiras na tendência de "caçar tendências", lista as 15 coisas mais legais da atualidade. Veja aqui.

Faça o clip

Veja e faça o clip "Neon Bible" da banda canadense Arcade Fire. A medida que você clica nas mãos do vocalista Win Butler ele reage de maneiras diferentes. Experimente aqui esse vídeo interativo produzido pela NúFilms.